Casca de Imburana
A árvore da imburana é decídua e resinosa. É nativa do Brasil, e cresce nos solos calcários da Caatinga Nordestina.

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Pertencente à família das Burseraceae, a árvore da imburana é decídua e resinosa. É nativa do Brasil, e cresce nos solos calcários da Caatinga Nordestina.  Seu nome deriva de duas palavras da língua tupi: “ymbu“, que significa árvore d’água, e “rana“, que significa “falsa”. Combinadas, as duas palavras formam a musical palavra “imburana”. 

 

Atingindo de 6 a 9 metros de altura, a árvore ostenta uma copa frondosa e galhos retorcidos, com fortes espinhos pontiagudos.  O tronco tem cerca de 60 cm de diâmetro.  As folhas, de cor verde claro, e se apresentam de forma alternadamente compostas por 7 folíolos.  As flores são pequenas (3 a 5 mm) mas  são extremamente aromáticas. Têm a cor verde muito clara, e se apresentam isoladas ou em grupos de pequenos cachos.  O fruto esférico, com 1 a 2 cm de diâmetro, apresenta a cor verde e uma polpa agridoce e comestível, quando maduro, contendo uma única semente, que é dura e rugosa.  A árvore é uma espécie de extrema importância para as abelhas nativas.

 

O tronco é coberto por uma casca lisa que varia de cor conforme a idade da árvore. Sua casca começa verde, passa para o laranja-avermelhado durante o amadurecimento, e ganha cor de chumbo na estação da seca.   A casca é naturalmente solta pela árvore ao longo do tempo, caindo em lâminas finas e irregulares.   Depois de muita experimentação com várias partes, chegamos à conclusão que a casca é exatamente a melhor parte da árvore para utilizarmos como botânico em nosso gin.  

 

A tintura obtida da casca da imburana tem propriedades antiinflamatórias e anticoagulantes, além de também atuar como analgésico, antitrombótico, antiespasmódico e broncodilatador.  Em nível molecular, a casca contém ácido protocatecuico, cumarinas, isocaempferida, kaempferol, afrormosina, quercetina, amburosida A e glicosídeos de fenol. 

 

Nossa casca de imburana é obtida diretamente da natureza, mais especificamente da Caatinga no vale central do rio São Francisco.  É um insumo de origem sustentável, pois a casca que utilizamos é naturalmente eliminada pela árvore. Trata-se da antiga casca, eliminada e substituída assim que uma nova inicia seu crescimento.

 

Nunca antes destilada em um gin, a casca da imburana exala um aroma fresco, doce e resinoso, muito agradável, que se combina perfeitamente com a canela sassafrás e os citrinos botânicos, o que contribui para a harmonia e equilíbrio geral do nosso gin. As notas amadeiradas e resinosas da casca da imburana permanecem até o fim no paladar, e evocam a beleza agreste e naturalmente rustica da Caatinga.

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