Zimbros são árvores coníferas perenes, arbustos e plantas do gênero juniperus da família dos ciprestes. Os zimbros variam em tamanho e forma, indo desde árvores altas com até 40 metros de altura a arbustos e plantas de baixa propagação com galhos longos e arrastados, com folhas semelhantes a agulhas ou escamas. Embora muitas vezes chamadas de “berries”, as pinhas modificadas de zimbro não são tecnicamente bagas: na verdade, são o cone feminino da semente do zimbro. 

Existem 67 espécies de zimbro conhecidas no mundo, e elas crescem quase exclusivamente no hemisfério norte, sendo os melhores espécimes originários do Leste Europeu.  Devido à sua vasta distribuição geográfica global, não é considerada uma espécie ameaçada e, exatamente por esse motivo, se encaixa bem em nosso perfil de sustentabilidade.   Da mesma forma, poucos zimbros são cultivados comercialmente, pois a maior parte cresce na natureza.  Isso significa que a colheita do zimbro não agride a natureza, pois o zimbro provê e se reabastece rapidamente.

Depois de muita experimentação com a maioria das espécies, descobrimos que, quando cultivado em sua forma de arbusto de baixa propagação, o juniper communis, é o melhor da espécie para destilar gin devido ao seu alto teor de limoneno.  Os arbustos são dióicos, o que significa que (ao contrário da maioria das árvores) as plantas são masculinas ou femininas. As flores masculinas aparecem como botões amarelos perto das pontas dos galhos na primavera e liberam pólen, que é então dispersado pelo vento.  As flores femininas têm a forma de grupos muito pequenos de escamas e, após a polinização, as escamas se fundem para formar uma estrutura semelhante a uma baga.  Com a forma de esferas de lados irregulares, essas bagas são verdes no início, e amadurecem depois de 18 meses para uma cor escura preta-arroxeada, perfeita para fazer gin.

O perfil de sabor dos frutos verdes jovens é dominado pelo pineno (notas resinosas de pinho amadeirado) e, à medida que amadurecem, este caráter resinoso de pinho é acompanhado por notas cítricas mais verdes.  As escamas externas dos bagos são relativamente insípidas, de modo que os bagos são quase sempre levemente esmagados antes de serem usados como tempero.  Isso importa pouco para o preparo o gin, pois durante o período de maceração, o álcool permeia a pele com relativa facilidade.   O sabor e o aroma das bagas de zimbro são mais fortes imediatamente após a colheita e, em seguida, diminuem durante o subsequente processo de secagem e armazenamento.

O zimbro é bem conhecido por suas propriedades medicinais.   O mais antigo uso medicinal registrado do zimbro foi encontrado em um papiro egípcio datado 1500 aC, em uma receita para curar uma infecções por tênias. Os romanos usavam as bagas para purificação e doenças estomacais, enquanto o famoso herbalista do século XVII, Nicholas Culpeper, os recomendava para uma ampla variedade de doenças, que incluia hemorróidas e flatulência, para as quais o óleo de zimbro ainda hoje utilizado.   O zimbro é também um conhecido e poderoso diurético que aumenta a taxa de filtração renal, e ajuda a eliminar bactérias nocivas do intestino.   As bagas são ricas em antioxidantes, incluindo alfa-pineno, cadineno, limoneno, mirceno, borneol, cariofileno e germacreno, citando apenas alguns dos 87 compostos antioxidantes nelas encontrados.   Também é conhecido como “Insulina da Natureza”, o zimbro contém uma forma de insulina natural que pode atuar no corpo exatamente como sua contraparte farmacêutica, reduzindo os níveis de açúcar no sangue.

As notas de pinho amadeirado do zimbro são provenientes do hidrocarboneto alfa-pineno, que forma entre 40% e 45% das moléculas do aroma do zimbro. Sabineno, outro hidrocarboneto, é a segunda molécula mais comum (entre 5% e 15%).   Outras moléculas incluem o farneseno (cerca de 5%), responsável por uma nota floral, e borneol (cerca de 5%), que dá as notas amadeiradas, junto com mirceno e terpinen-4-ol. 

Usamos bagas secas de zimbro da Alemanha porque, de longa experiência, sabemos que essas bagas fornecem o sabor ideal para o nosso gin.  Elas têm alto teor de limoneno que, somado às notas cítricas e florais, dão ao gin um corpo mais estruturado.  Cada molécula traz consigo aromas individuais que, dependendo dos percentuais gerais na mistura botânica, são combinados para dar pequenas variações ao olfato final, incluindo aromas amadeirados, de pinheiros, cedro, terrosos e canforáceos além do sabor.

Acreditamos veementemente ter atingido o equilíbrio perfeito com nosso zimbro, e que isso contribui para que todos os gins da linha Ivaí sejam de qualidade e sabor incomparáveis.

Zimbro é gin, e gin é vida!