Botânicos
A mistura secreta de ingredientes naturais que utilizamos é, obviamente, o espinha dorsal de nosso gin.
A Botânica é o estudo científico das plantas. Por sua vez, palavra “botânico”, designa aquelas plantas ou partes de plantas que são valorizadas por conterem propriedades medicinais, terapêuticas, cheiro ou sabor. A habilidade de um destilador está em identificar os botânicos que deve utilizar, suas quantidades, e a forma de prepará-los. Em seguida, deve saber destilá-los cuidadosamente para, enfim, trazer o aroma e sabor ideais para criar o gin perfeito.
Nossa mistura de botânicos foi concebida com base em três princípios fundamentais: aroma, sabor e estrutura molecular. A importância da estrutura molecular reside em nosso desejo de garantir que, ao invés de apenas “experimentar um gostinho”, você seja transportado em uma viagem sensorial. Ao compreender a estrutura molecular dos ingredientes botânicos, podemos casar e combinar sabores que promovam uma maravilhosa e perfeita jornada para você. A estrutura molecular é parte essencial da seleção de nossos botânicos, pois leva em consideração a solubilidade e miscibilidade de cada um enquanto atuam na inter-conectividade entre e as propriedades reativas com os outros botânicos.
Preparar os botânicos é uma arte em si. Além de obter os melhores ingredientes, os botânicos devem ser armazenados de forma correta, para não ficarem demasiadamente secos nem oxidados. Cada botânico é picado, amassado, partido ou macerado de forma a criar uma área de superfície que seja nem tão grande nem tão pequena. Em última análise, os botânicos devem ser fiéis a sua essência, o que significa encontrar, desde o início, o equilíbrio correto entre eles.
O botânico essencial em qualquer gin é o zimbro, sem o qual não haveria gin. Não obstante, o zimbro é apenas o começo. Outros botânicos como frutas, sementes, cascas, ervas e raízes, são também adicionados para realçar o sabor de um gin. Quando utilizados de forma habilidosa e criativa, os botânicos certos nas proporções corretas podem levar à produção do mais excepcionalmente suave saboroso dos gins. E isso é o que nos esforçamos para alcançar no Ivaí Gin.
Para melhorar a sua experiência com gin, descrevemos abaixo alguns dos botânicos utilizados na destilação do Ivaí Gin.
zimbro
Zimbros são árvores coníferas perenes, arbustos e plantas do gênero juniperus da família dos ciprestes. Conheça mais sobre o zimbro clicando aqui.
pinhão
É a semente da Araucária (Araucaria Angustifolia), também conhecida como Pinheiro-do-Paraná ou Pinheiro Brasileiro. Saiba mais do Pinhão clicando aqui.
nó de pinho
Também utilizamos parte do galho da Araucária, conhecido como nó-de-pinho, para trazer outra dimensão única ao nosso gin. Saiba mais do Nó de pinho clicando aqui.
raiz de orris
Orris é a raiz da Iris Pallida ou da Iris Germanica, ambas sãoda família Iridaceae. Tem cheiro floral e doce, com notas de especiarias. Saiba mais da Orris clicando aqui.
semente de coentro
Com cheiro apimentado exótico com notas cítricas. O sabor é muito diferente dependendo do país de origem. Saiba mais das Sementes de Coentro clicando aqui.
casca de imburana
A árvore da imburana é decídua e resinosa. É nativa do Brasil, e cresce nos solos calcários da Caatinga Nordestina. Saiba mais da Casca de Imburana clicando aqui.
guettarda angelica
O sabor da guettarda angelica pode ser mais bem descrito como uma combinação ligeiramente amarga de zimbro e aipo. Saiba mais da Guettarda Angélica clicando aqui.
pimenta tellicherry
Os grãos de Pimenta Tellicherry brasileira são um componente essencial de nosso London Dry. Conheça mais da Pimenta Tellicherry clicando aqui.
alcaçuz
A raiz do alcaçuz é uma planta doce e lenhosa da qual podem ser extraídos sabores aromáticos. Conheça mais do Alcaçuz clicando aqui.
erva-doce
Distingue-se por seu sabor doce característico, ligeiramente picante e altamente aromático. Conheça mais da Erva-Doce clicando aqui.
lavanda
De aroma e sabor inebriantes proporcionam um equilíbrio perfeito às notas cítricas. Conheça mais da Lavanda clicando aqui.
hortelã verde
Com alto teor de carvona, dá ao nosso gim um sabor e uma fragrância muito mais delicados e doces. Conheça mais do Hortelã-Verde clicando aqui.
laranja champagne
Seu perfume é diferente do da laranja tradicional: tem mais cheiro de limão e baunilha, com toque de especiarias. Conheça mais da Laranja Champagne clicando aqui.
nó de cachorro
Perfume lembra madeira perfumada. O sabor é próximo da canela, com um refrescante final de menta. Conheça mais do Nó de Cachorro clicando aqui.
semente de gergelim
Nós torramos nossas sementes antes de utilizá-las na destilação, pois a torra traz à tona o sabor adocicado. Conheça mais das Sementes de Gergelim clicando aqui.
semente de mostarda amarela
Têm um aroma e sabor muito mais suave que as sementes de mostarda preta. Conheça mais das Sementes de Mostarda Amarela clicando aqui.
Nossa mistura de ervas foi cuidadosamente selecionada para fornecer não apenas aromas incríveis ao nosso gin (pense em natureza, em florestas e seus aromas frescos), mas também adicionar profundidade ao perfil de sabor que surgirá quando você tomar seu primeiro gole. Ao final dessa jornada de sabores, nossa mistura única de florais fornecerá um o acabamento perfeito para o nosso gin.
O uso de diferentes e variados botânicos no gin tem uma história de cunho medicinal. O antecessor do gin foi uma bebida holandesa chamada “jenever”, forma abreviada da palavra holandesa “jeneverbes”, que significa zimbro. Nos anos 1500, o zimbro era utilizado como medicamento, feito a partir da destilação de vinho ou aguardente de malte com zimbro para criar o que então era conhecido como o remédio “jenever”, com 50% de álcool por volume. Acreditava-se que as bagas de zimbro na jenever tinham propriedades medicinais, mas a bebida resultante não era palatável devido à falta de técnicas de destilação mais refinadas na época. Consequentemente, outras ervas, sementes e especiarias foram adicionadas à jenever para mascarar seu sabor desagradável. Em 1606, a Jenever deixou de ser considerada um medicamento e, a partir de então, foi classificada pelas autoridades fiscais holandesas como simples bebida alcoólica. Logo depois, a bebida Jenever cruzou o Mar do Norte e desembarcou na Grã-Bretanha, onde evolui para o que hoje conhecemos como gin. Descubra mais sobre a história do gin aqui